Bares, restaurantes e casas noturnas continuam sendo ambientes preocupantes para as mulheres. De acordo com a pesquisa “Bares sem Assédio”, realizada pelo instituto Studio Ideas para a marca de uísque Johnnie Walker, 66% das brasileiras disseram ter sido assediadas de alguma forma nesses estabelecimentos.

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O problema é ainda maior entre aquelas que trabalham ou já trabalharam no setor: 78% das consultadas afirmaram ter sofrido algum tipo de abuso. O levantamento foi elaborado a partir de entrevistas feitas em todas as regiões do Brasil com 2.221 mulheres maiores de 18 anos, de todos os grupos etários, étnicos e de renda.

Quase metade das mulheres ouvidas (47%) disseram que o assediador insistiu no assédio mesmo sendo ignorados, enquanto 40% delas relataram ter sido seguradas pelo braço ou cabelo após evitar o assediador. Não bastasse isso, outras 13% foram beijadas à força e 12% foram tocadas nas partes íntimas.

Cerca de metade das mulheres disse ter se sentido impotente diante da violência e 89% nunca chegaram a denunciar as agressões – os principais motivos apontados são falta de conhecimento de como fazer a denúncia (24%), medo (18%) e vergonha (17%).

Para ajudar a reverter esse quadro, a Johnnie Walker fez uma parceria com a Women Friendly, startup que certifica locais que se empenham para coibir o assédio sexual em seus espaços como ambientes seguros para mulheres.

A marca vai financiar todo o treinamento necessário para certificar que 40 estabelecimentos estão livres de assédio nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Estabelecimentos interessados em participar da iniciativa podem se cadastrar no site barsemassedio.com.

(*) Da redação da Menu