03/12/2019 - 16:00
Por Beatriz Marques
Quem acompanha a vida de Rubens Barrichello, sabe que ele está sempre viajando – como piloto da Stock Car, compete em diversos cantos do País e, quando tem folga, volta para Orlando (EUA), onde mora sua família. Mas em dezembro passado, Barrichello ficou bastante tempo em São Paulo por um motivo, no mínimo, saboroso: a inauguração do Cutello Fire & Drink, restaurante do qual é sócio. A inspiração do cardápio, executado pelo chef Rafael Leão (à dir. na foto), é italiana, mas não faltam as carnes grelhadas, paixão do piloto, como ele conta a seguir.
Como veio a ideia de abrir o Cutello?
Eu sempre tive vontade de fazer algo diferente, que não fosse ligado ao automobilismo. Mas eu nunca quis me meter em algo que eu não tinha algum conhecimento. Então quando o Mark (Dom Mark, sócio) e o Rafa (Leão) me mostraram a ideia, eu fui me apaixonando.
Você participou da elaboração do cardápio?
Achava que teria que ter algo indicando as minhas preferências, por isso da parte do cardápio é a “Reserva Barrichello” (com ancho, cotoleta, t-bone e cortes dry aged), pois eu gosto muito de carne.
Você gosta de cozinhar ou só de comer?
Eu gosto de cozinha. Foi um amor à segunda vista, porque minha mãe sempre cozinhou muito bem, o que nunca me fez ter preocupação com isso. Mas quando fui morar na Europa com 16 anos sozinho, eu precisei me virar, então foi algo que eu fui fazendo até adquirir segurança e preparar bons pratos.
E qual é a sua especialidade?
Eu não tenho uma. A galera gosta muito do churrasco que eu faço. Eu sou capaz de fazer um pouco de tudo – e olha que sou um pouco metido, não sigo muitas regras com medidas, eu vou colocando de acordo com o que sinto. Um pouco de sal ali, pimenta (risos), enfim, quando você cozinha se acha o dono da cozinha, né?
Qual foi o prato mais inusitado que provou fora ou dentro do Brasil?
Nas minhas primeiras corridas de F1, eu conheci coisas bem “diferentes”, para não falar esquisitas. Eu comi cobra no Japão, eu não tinha ideia que se comia e não achei ruim, não! E na minha primeira corrida na África do Sul, eu me servi em um bandejão e peguei algo que parecia um nugget, mas era cérebro de macaco. Era mole e saía da boca, surreal.