14/05/2019 - 0:00
da redação da Menu
O bar Pitico, localizado em Pinheiros, recebeu uma série de denúncias de clientes que teria sido diagnosticados com toxoplasmose, uma doença parasitária.
Uma mensagem viralizou no WhatsApp com um relato de um homem chamado “Gustavo” – cuja identidade não foi confirmada -, que teria ficado quinze dias com febre, sendo diagnosticado com toxoplasmose. Além disso, uma publicação anônima no Reclame Aqui falava de um caso semelhante. Ambas as histórias se complementam com a informação de que os pacientes comeram no Pitico antes dos sintomas aparecerem.
De acordo com as queixas, o próprio médico especialista que fez o primeiro atendimento dos pacientes foi o responsável por traçar o paralelo entre o bar e a doença.
O Pitico se pronunciou através de uma nota em suas redes sociais, garantindo que não esteve em contato com o médico que fez a associação, nem recebeu a reclamação inicial do cliente Gustavo.
Confira a nota na íntegra:
“O PITICO tomou conhecimento do aumento de casos de toxoplasmose em toda região metropolitana de São Paulo, fato este confirmado pelo Hospital Emílio Ribas. Vários boatos circularam em redes sociais afirmando que tal doença teria sido causada por contaminação da água do bairro de Pinheiros (informação negada oficialmente pela SABESP através de sua assessoria de imprensa) e, mais recentemente, sobre alguns casos relacionando a ocorrência da doença ao consumo de alimentos em restaurantes, inclusive no PITICO.
Diante disso, o PITICO esclarece que mantém rígido controle dos processos e procedimentos envolvendo a manipulação e a elaboração de alimentos e bebidas servidos aos seus clientes, controle este realizado constantemente por empresa especializada em assessoria de segurança alimentar, a CONTROLARE, desde o início de suas atividades.
Recebemos recentemente a fiscalização da Vigilância Sanitária, na qual foi constatado e concluído o seguinte:
‘Quanto ao teor da denúncia, no momento da inspeção foi verificado que o estabelecimento apresentava condições satisfatórias de higiene e conservação de suas instalações, e cumpria as boas práticas na manipulação dos alimentos.
Considerando as condições sanitárias do local, e as práticas de manipulação de alimentos relatadas pelos manipuladores de alimentos e pelo responsável legal, não foi constatada no local prática de risco para a transmissão de Toxoplasma através de alimentos.’
Ainda assim, no intuito de reforçar suas boas práticas e colaborar com a contenção deste surto na cidade, o PITICO redobrou os cuidados para que todos os processos continuem sendo cumpridos dentro das normas legais aplicáveis e continua mantendo contato constante com a Vigilância Sanitária.
Por fim, informamos que, até o momento, não fomos procurados por nenhum médico oftalmologista que tenha associado a contaminação de pacientes ao consumo de produtos no PITICO, nem o contato de qualquer cliente chamado ‘Gustavo’ citado em mensagem que tem sido disseminada nas redes sociais, cujo autor ainda não identificamos. Ao receber uma mensagem como esta, consideramos natural que clientes que tenham sido contaminados no recente surto do protozoário relacionem a condição à visita ao PITICO. Entretanto, segundo as autoridades sanitárias e médicos por nós consultados, o rastreamento da origem exata da contaminação é muito complexo, já que existem diversas possíveis fontes de transmissão, como informa o Ministério da Saúde, sendo necessária cautela no encaminhamento desse tipo de mensagem.
Tenha certeza de que o PITICO está preocupado com esta questão de saúde pública, se empenhando em manter seus clientes livres de riscos e colaborando com as autoridades sanitárias.
Informe-se sobre a doença e ajude a combater o aumento de casos.”
Além disso, os perfis oficiais do bar nas redes sociais estão pedindo informações e contatos de clientes que contraíram toxoplasmose depois de comer no Pitico.
A reportagem da Menu entrou em contato com o restaurante, mas não obteve mais informações.