da redação da Menu

O Conselho da Cidade de Nova York aprovou a lei que proíbe a venda de foie gras na cidade, a partir de 2022. Com isso, a cidade, que é um dos maiores mercadores consumidores da iguaria se junta à Califórnia, onde a venda do ingrediente também é proibida, devido a preocupação com o tratamento dado a patos ou gansos em seu preparo.

De acordo com o The New York Times, cerca de mil restaurantes da cidade têm foie gras em seu cardápio. Mas o impacto da medida terá efeito maior nas fazendas produtoras da iguaria, ao norte de Nova York.

Segundo o jornal, a maioria dos foie gras é produzida através de um processo conhecido como gavagem, na qual os animais são alimentados à força com uma mistura à base de milho que ingere seus fígados.

O processo exige que os tubos sejam inseridos na garganta de um pato para um regime de alimentação de 20 dias, aumentando o fígado até 10 vezes seu tamanho normal. O procedimento pode deixar os patos grandes demais para caminhar ou até respirar antes de serem abatidos, dizem ativistas dos direitos dos animais.

Carlina Rivera, a vereadora de Manhattan que apresentou o projeto de lei contra o foie gras afirma que a medida trata do “processo mais desumano” da indústria comercial de alimentos. “Essa é uma das práticas mais violentas e é feita para um produto de luxo”, disse a parlamentar.

De acordo com a norma, será definido que todos os foie gras são produzidos a partir de patos ou gansos que foram alimentados à força, a menos que evidências “documentais” sejam fornecidas. A medida estipula que cada violação seja punida com multa de US $ 2.000 (cerca de R$ 7,9 mil).

Já os produtores de foie gras alegam que a alimentação forçada não é cruel e que as alegações de tortura são exageradas. Outros países, como Índia, Israel e Grã-Bretanha, proibiram a venda ou produção de foie gras.