19/12/2012 - 11:57
Por Suzana Barelli
Provei ontem o Legno 2011, um chardonnay com passagem em barricas de carvalho da vinícola gaucha Pizzato. Ainda não conhecia o vinho, que foi lançado oficialmente na Expovinis, em meados deste ano, mas já tinha ouvido bons elogios a ele. Na taça, é um bom representante da qualidade dos vinhos brasileiros. Traz a delicadeza da fruta, bem mesclada com a madeira presente – o branco passa oito meses em barricas de carvalho novas antes de ser engarrafado. É mais encorpado e gastronômico do que o chardonnay tradicional da casa, que é elaborado todos os anos apenas em tanques de aço inox. Sem passagem em madeira, este chardonnay mais básico, digamos assim, que encanta pela sua delicadeza e frescor. Um bom branco para o verão.
O gastronômico Legno deve fazer par com o DNA 99, elaborado apenas com a merlot. É um tinto potente e encorpado, que nasce apenas nos anos em que a qualidade da safra permite. Atualmente, está no mercado o da safra de 2005. Este tinto vem do mesmo vinhedo que deu origem ao merlot da safra de 1999 da Pizzato. Naquele ano, a qualidade de seu merlot trouxe fama a esta então pequenina vinícola gaúcha. Bem elaborado, o DNA 99 tem no preço o seu calcanhar de Aquiles: é vendido por cerca de R$ 170 a garrafa, no mercado paulistano. Só espero que o Legno, hoje na casa dos R$ 60, não tenha os seus valores também inflacionados.