As rolhas do Covela

Por Suzana Barelli

Os inglês Tony Smith e brasileiro Marcelo Lima devem anunciar a compra de mais uma vinícola em seu portfólio. Amigos desde quando o jornalista Smith trabalhou no Brasil, como correspondente internacional, os dois se lançaram no mundo do vinho em 2011, com a compra da Quinta da Covela, na região do Minho, no norte de Portugal. Em 2013, os dois compraram mais duas vinícolas, desta vez do outro lado do rio Douro: a Quinta das Tecedeiras e a Quinta da Boavista, esta da Sogrape, grupo dono de vinícolas como a tradicional Casa Ferreirinha. Nas quintas dourenses, a ideia é focar nos vinhos secos e elaborar um ou outro vinho do Porto.

Agora, os sócios estão prestes a anunciar a aquisição de mais uma vinícola. Seu nome é mantido em sigilo. Sabe-se apenas que não será em Portugal. A ideia é divulgar a novidade depois do tour de apresentação dos brancos, tintos e rosés da Covela no Brasil. Smith e o enólogo Rui Cunha estão no Brasil apresentando a safra de 2013, a segunda sob a nova direção. São cinco vinhos, com destaque para o Edição Nacional Arinto 2013, o Rosé 2013 – estes dois são lançamentos – , e o Escolha Branco 2013, que está em sua segunda safra.

A Quinta da Covela, erguida no século 16 e que conta com ruínas renascentistas na propriedade, foi recuperada pelos sócios nos últimos anos. A Covela, que segue a filosofia orgânica, nas vinhas e na vinícola, fez história em Portugal. Além das ruínas, a quinta foi de propriedade de Manoel de Oliveira, importante cineasta europeu, que na época recuperou a quinta. Nos final dos anos 1980, o empresário Nuno Araújo criou a marca Covela, com os vinhos elaborados pelo enólogo Rui Cunha, que acompanha o projeto desde então.

No Brasil, os vinhos da Covela são importados pela Magnum e podem ser obtidos pelo site www.boutiquedovinho.com.br