20/05/2022 - 15:19
Fundada há mais de quatro séculos, a aldeia de Vogue, na Cornualha (Inglaterra), recebeu esse nome por causa de uma antiga mina de carvão – no idioma local, “vogue” significa fornalha. E, como manda a tradição britânica, a pequena vila tem um pub para entreter seus pouco mais de 100 habitantes, o Star Inn at Vogue.
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Tanto a aldeia quanto o pub, porém, ganharam fama internacional recentemente por um fato totalmente inesperado. Na semana passada, representantes da famosa revista de moda Vogue, publicada pelo grupo editorial Condé Nast, exigiram que o pub trocasse de nome.
Mark Graham, proprietário do pub, contou em suas redes sociais que recebeu no último dia 13 uma carta de representantes da publicação na qual consta a demanda para que o nome seja trocado.
“Nossa empresa é a proprietária da marca Vogue detentora não apenas da revista mundialmente famosa, mas de outros produtos e serviços oferecidos ao público”, diz a carta assinada por Sabine Vandenbroucke, diretora de operações da Condé Nast. “Acreditamos que o nome que você está usando possa causar problemas e fazer com que o público acredite que exista uma conexão entre o pub e a revista”, acrescentou.
A princípio, Graham acreditou que se tratava de uma pegadinha de algum de seus clientes. “Essas pessoas com certeza não podem estar levando isso a sério. Hoje em dia, qualquer pessoa pode entrar non Google e ver que Vogue é uma aldeia fundada há centenas de anos”, disse o dono do pub ao site Cornwall Live. “Parece que bom senso foi deixado de lado neste caso”, acrescentou.
De qualquer forma, Graham publicou uma resposta na página do Star Inn at Vogue no no Facebook. “Em sua carta, vocês afirmam que a revista é publicada desde 1916 e suponho que, naquele ano, vocês não pediram permissão aos moradores do vilarejo de Vogue para usar o mesmo nome em sua publicação”, escreveu.
“Também acredito que Madonna não pediu a permissão de vocês para compor a música Vogue”, ironizou. No final, o dono do pub afirmou que não mudaria o nome de seu estabelecimento.
Apesar de não ter emitido um pedido desculpas oficiais, a polêmica fez com que a Condé Nast mudasse seu posicionamento, afirmando que não levaria o caso adiante. “Somos gratos pela sua resposta e por aprender mais sobre esta bela parte de seu país”, escreveu Christopher P. Donnellan, um dos advogados da empresa.
(*) Da redação da Menu