24/09/2014 - 12:26
Por Suzana Barelli
O sobrenome Rothschild dispensa apresentações, ao menos no mundo dos vinhos e das finanças. Donos de alguns dos melhores chateaux de Bordeaux, os vinhos do Baron de Rothschild (Lafite) começam a ser vendidos em supermercados. Não é um supermercado qualquer, está certo: é o St Marché, voltado para as classes média e alta e que inclui também o glamoroso Empório Santa Maria. Em algumas das quase duas dezenas de unidades do grupo em São Paulo já estão a venda o champanhe Barons de Rothschild Brut, por R$ 319, ou o Rosé, por R$ 450, além do Duhart-Milon e do seu segundo vinho Moulin de Duhart, um dos chateaux do grupo, por R$ 1.100 e R$ 298, respectivamente.
A chegada dos Rothschild ao St Marché se deve a dois fatores. O primeiro é a tendência de supermercados importarem diretamente muitos de seus rótulos. Com esta logística, os varejistas conseguem reduzir etapas e custos na cadeia de distribuição e venda de vinhos no Brasil. É isso que justifica Réserve Spéciale Blanc 2013, um Bordeaux branco, mescla de sémillon e sauvignon blanc, ser vendido por R$ 85. O vinho integra o portfólio do Baron de Rothschild, dividido entre o Château Lafite Rothschild, um dos exclusivos premier cru de Pauillac, os demais chateaux (Duhart-Milon, Rieussec e L’Evangile), as domaine (d’Aussières, Los Vascos, no Chile, e Caro, na Argentina), e as coleções, com as linhas Lêgende, Saga e Réserve.
No acordo de exclusividade com o St Marché, está previsto a venda dos chateaux L’Evangile (R$ 1.390) e Duhart-Milon, da linha Réserve, que inclui um tinto, também por R$ 85, e um Médoc, por R$ 125, os champanhes e dois chablis, do pequeno produtor Daniel-Etienne Defaix.
O segundo fator é a chegada de Philippe Nicolay Rothschild, primo de Eric de Rothschild, o atual barão, ao Brasil. Com carreira no mundo financeiro, Philippe Nicolay se encantou com o Brasil há quatro anos, casou com uma brasileira, e decidiu abrir uma importadora por aqui para representar os vinhos da família.