Enraizado na cultura brasileira, o café pode vir em várias versões. Do pó tradicional aos grãos especiais, a bebida é tão amada por aqui que coloca o Brasil na posição de segundo maior consumidor de café do mundo — perdendo apenas para os Estados Unidos, segundo dados da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). De acordo com uma pesquisa do Instituto Agronômico em colaboração com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas, 97% da população nacional consome a bebida.

Frente a tantos amantes de café, vale refletir sobre qual é o produto consumido e qual é a diferença entre o café comprado nos supermercados e os grãos classificados como “especiais”. A especialista Vanessa Vilela, farmacêutica, bioquímica e CEO da Kapeh Cosméticos e Cafés Especiais, explica: “A diferença está na qualidade dos grãos e no processo de produção. O tradicional é produzido em grande escala, com grãos misturados e colhidos mecanicamente, resultando em sabor e aroma mais fracos. O especial usa grãos cuidadosamente selecionados, oferecendo um sabor superior”.

Segundo Vanessa, para ser considerado especial, o produto deve ter uma pontuação entre 80 e 100 em escalas de excelência, além de seguir padrões rigorosos de torra, temperatura de degustação e qualidade da água.