Por Suzana Barelli

Nesta sexta-feira, 15 de março, a jovem dinamarquesa Nina Jensen conquistou o segundo lugar na 16ª edição do Concurso Mundial de Sommelier, realizado na Antuérpia, na Bélgica. É a segunda vez que uma mulher chega à vice-liderança neste concurso, que é realizado a cada três anos, sempre em um país diferente. A primeira vez foi com a canadense Véronique Rivert, no Japão, em 2013. Véronique foi, também, a primeira mulher a subir ao pódio e estar entre os três melhores sommeliers do mundo. Na edição de 2016, na Argentina, a francesa Julie Dupouy conquistou o terceiro lugar.

Nesta edição, participaram os melhores sommeliers de 63 países e também os vencedores dos campeonatos continentais (América, Ásia e Europa), totalizando 66 pessoas. As mulheres eram a minoria: sete sommelières. Nina, de 26 anos, conquistou a vaga ao vencer o concurso de melhor sommelier da Dinamarca em 2017. Profissional do restaurante Kong Hans Kælder, em Copenhagen, o primeiro a ter estrela Michelin em seu país natal, Nina tem também o título de melhor sommelier jovem da Europa, de 2016, e melhor sommelier dos países nórdicos.

É uma verdadeira (e difícil) maratona chegar a final deste campeonato. As provas começaram na segunda-feira e se estenderam por cinco dias. Nos dois primeiros dias, todos os candidatos participam das provas teóricas e práticas (neste ano, os profissionais não podiam nem usar relógio para impedir que algum candidato, com um relógio mais tecnológico, conseguisse obter informações privilegiadas). Quarta e quinta-feira foram os dias da semifinal, com novas provas teóricas e práticas.

Na sexta-feira, os 19 candidatos semifinalistas chegaram ao teatro Elisabeth Center, subiram ao palco para receberem os seus diplomas. Somente neste momento, foram anunciados os nomes dos três finalistas. A prova final começou minutos após este anúncio. Além de Nina, participaram da final Raimonds Tomsons, da Letônia, e o alemão Marc Almert, que conquistou o título.