Por Suzana Barelli

O Château Puycarpin já foi o carro chefe das vendas da importadora Zahil. Mescla de merlot (com 60%), cabernet sauvignon (30%) e cabernet franc (10%), é um vinho frutado, gostoso no paladar e que abre as portas para o mundo de Bordeaux (a vinícola fica em Cotes de Castillon, uma das sub-regiões bordalesas). Os constantes reajustes de preço, no entanto, tiraram o vinho da lista dos mais vendidos. “Tem o reajuste do produtor, que sobe o preço do vinho todo ano, do frete, além de todos os impostos e a desvalorização do real”, comenta Serge Zehil, sócio da importadora.

A saída para a Zahil foi procurar novos vinhos que possam entrar na categoria de bons custos benefícios. Recentemente, a importadora apresentou novos rótulos desta sua procura por vinhos mais baratos – ou menos caros, pelos diversos “custos Brasil” que incidem no vinho.

Nos brancos, dois destaques: o viña Esperanza 2013, de agradável aromas de frutas brancas com um quê mineral, elaborado com a uva verdejo, em Rueda, Espanha, por R$ 49. O segundo é o Lupi Reali Trebbiano d’Abruzzo 2013, da vinícola Valle Reale, de notas de frutas brancas, mais aromáticas que o anterior, e que chama a atenção para a trebbiano, uma uva menos “nobre”, podemos dizer. É vendido por R$ 56.

Nos tintos, tem um Bordeaux bem honesto, o Beau Rivage Premium 2011, um corte de 60% de merlot e 40% de cabernet sauvignon, com a fruta vermelha viva, bem integrada com a madeira, que tem tudo para substituir o sucesso do Puycarpin. Custa R$ 69. Outro é o Lupi Reali Montepulciano d’Abruzzo 2012, bem frutado, com tanino ligeiro, leve, por R$ 56.

A importadora também apresentou brancos e tintos um pouco mais caros e de maior complexidade. Um exemplo foi o Litoral Pinot Noir 2011, da Casa Marin, por R$ 169. Mas este vinho não será o substituto do Puycarpin. Em tempo, a garrafa de 750 ml do Puycarpin é vendida por R$ 115.