Da redação da Menu

Já ouviu falar em Pancs? A sigla significa “plantas alimentícias não convencionais” e é bem provável que você conheça pelo menos algumas dessas plantinhas. Entre elas estão as tradicionais ora-pro-nóbis e a taioba, além de outras menos conhecidas, como a capuchinha, o lírio-do-brejo, a vinagreira e a bacupari, fruta amarela e refrescante encontrada de Norte a Sul do Brasil (clique aqui para saber mais sobre outras Pancs). Outra vantagem das Pancs é que elas crescem espontaneamente ao longo do País – mas são confundidas com ervas daninhas e por isso nem sempre são aproveitadas nas nossas panelas. Coube a um time de chefs estrelados – Alberto Landrgraf (Epice), Alex Atala (D.O.M.), Fernanda Valdivia (Deli Garage), Helena Rizzo (Maní), Roberta Sudbrack (do restaurante carioca de mesmo nome) e Rodrigo de Oliveira (Mocotó e Esquina Mocotó) – preparar um jantar usando essas plantas brasileiras. O resultado você confere na reportagem de capa deste mês, que explica o papel das Pancs e como usá-las para dar um toque mais brasileiro às suas receitas.

Também na edição de setembro, você confere uma entrevista com Pere Castells, coordenador da Bullipedia, enciclopédia digital nos moldes da Wikipedia, só que voltada ao conhecimento gastronômico. Castells defende que comida seja estudada nas universidades, assim como outras áreas do conhecimento humano, como química, física e ciências sociais.

Para quem quer apenas relaxar e curtir o lado bom da vida, a seção Por aí traz dicas de onde comer na paradisíaca ilha de Martinica, que apesar de estar no continente americano faz parte da França. E é de lá que vêm uma parte das tradições culinárias da ilha, que ainda combina influências caribenhas e indianas, que se mostram em receitas como as accras – bolinhos de bacalhau oniprosentes nas refeições locais – e o colombo, uma espécie de curry. Para acompanhar essas delícias, bebidas feitas com rum agricole, o único rum com denominação de origem do mundo.

Falando em bebidas, a degustação de cerveja deste mês é sobre as Pilsen de verdade. Ao contrário das “tipo Pilsen”, amareladas e com pouco sabor, vendidas na maioria dos bares, as “Pilsen” em geral são produzidas na Alemanha ou na República Tcheca (com algumas produzidas no Brasil, EUA e outros países) e só levam água, lúpulo e malte em sua receita. São bebidas mais refinadas e que, quando bem feitas, revelam um equilíbrio agradável entre o amargor do lúpulo e a doçura do malte.

Nos vinhos, o destaque são para os vinhos de Beaujolais, tema da degustação deste mês. Apesar do Beaujolais Nouveau ser um dos símbolos da região, existem vários outros rótulos, elaborados com a uva gamay, que merecem ser apreciados. O caderno de vinhos também revela as dificuldades que os produtores nacionais têm para exportar suas bebidas e ouve especialistas que dão sugestões de como reverter esse quadro.

A revista traz ainda as receitas do Unique Garden, com ingredientes colhidos no jardim do restaurante, a avaliação de dez marcas de leite condensado e um guia com roteiros turísticos para quem aprecia um bom café. Para finalizar, as seções que você encontra todos os meses na Menu:  Romeu e Julieta, a novidades de restaurantes e bares em Quentinhas e Baixa Gastronomia, respectivamente, as resenhas de livros de gastronomia na seção Estante e o caderno de receitas. Os leitores do blog podem ler aqui as colunas de Doce Mundo, de Patricia Schmidt, e Paris, por Daniela Fernandes, e as reportagens sobre o hotel Unique Garden e sobre o evento de vinhos Wine In. Boa leitura!