da redação da Menu

Após anos de tentativas, a França finalmente conseguiu o status de Indicação Geográfica Protegida (IGP) para o absinto de Pontarlier. Agora, apesar de poder ser produzido em qualquer lugar do mundo, apenas as bebidas que seguirem as diretrizes específicas poderão adicionar o “de Pontarlier” ao nome.

A cidade, localizada no leste da França, próximo à fronteira com a Suíça, tem uma história com o absinto que remonta ao século 18, com 25 destilarias produzindo um terço de toda a bebida do país até o início dos anos 1900.

Associada à loucura – inclusive aos distúrbios do pintor holandês Vincent Van Gogh -, a bebida ganhou fama mundial e, quase ao mesmo tempo, foi proibida em diversos países, inclusive na França, país onde a produção foi interrompida em 1915.

Por muito tempo o absinto foi associado à loucura (Foto: Reprodução/iStock)

O absinto voltou apenas em 1988, quando os franceses conseguiram reverter a proibição anterior. Isso aconteceu principalmente pelo avanço da ciência, que passou a indicar que talvez os efeitos psicodélicos da bebida tivessem sido exagerados.

Cientificamente, a principal regra que atende à exigência de rotulagem do absinto de Pontarlier éa de que as bebidas devem conter o ingrediente ativo thujone, em uma proporção de, no mínimo, 20 miligramas por litro. Além disso, eles devem ter pelo menos 45% de álcool por volume.

Apesar da quantidade do ingrediente ativo ter sido reduzida para torná-lo inofensivo, ele continua sendo essencial para o sabor característico do absinto.