Um simples brigadeiro pode ser mais viciante que cocaína, afirma um novo livro que está sendo lançado nesta semana nos EUA.

+Youtuber causa polêmica ao comparar açúcar com cocaína
+Protocolos contra covid não funcionam em bares, diz estudo
+Frituras aumentam risco de infarto em 28%, afirma novo estudo

Escrito pelo premiado jornalista Michael Moss, “Hooked: Food, Free Will, and How The Food Giants Exploit Our Addictions” (ainda sem previsão de uma edição em português), o título explora como as grandes companhias se aproveitam do poder viciante de certos alimentos, especialmente do açúcar, para influenciar nossas escolhas à mesa.

“Algumas comidas podem ser mais viciantes que álcool, cigarros e drogas pesadas”, disse Moss, em entrevista ao jornal “New York Post”. O maior perigo, alerta Moss, é que os alimentos não precisam de substâncias como nicotina ou morfina para viciar as pessoas. Basta usar sal, açúcar e gordura, explica o jornalista.

Esses três ingredientes chegam muito rápido ao cérebro e liberam dopamina, hormônio conectado ao prazer, que faz com que as pessoas voltem a comer esses alimentos, mesmo sabendo que estão exagerando e que o hábito pode prejudicar a saúde.

Além desses ingredientes, Moss destaca o uso indiscriminado de maltodextrina, um tipo de amido, em produtos como molhos e refrigerantes. Embora o produto não tenha sabor perceptível, ele tem a mesma estrutura molecular – e o mesmo efeito viciante – que o açúcar.

Outro problema, afirma o jornalista, é que esses alimentos doces e/ou salgados e gordurosos podem ser encontrados em qualquer lugar. “Hambúrgueres congelados são baratos, legalizados e você compra em qualquer loja de esquina”, ponderou.

Como de costume, procurar uma dieta equilibrada e com menos alimentos processados parece ser a saída para manter a saúde em dia.

(*) Da redação da Menu