Ao que tudo indica, o boicote anunciado nas redes sociais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o restaurante Arturito, da chef Paola Carosella, nesta segunda-feira (23), não deu muito certo.

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Nesta terça (24), a fila de espera para almoçar no local era de 40 minutos por volta de 12h30. O restaurante também está com reservas esgotadas para o almoço e jantar do próximo fim de semana, de acordo com reportagem do UOL.

O boicote, que esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter, teve origem após a chef, conhecida por seu forte posicionamento contra Bolsonaro, afirmar que os defensores do atual presidente são “escrotos” ou “burros”. A declaração foi feita ao podcast DiaCast.

Durante entrevista ao programa, Paola disse que “não lida mais” com bolsonaristas em 2022. “Fica muito difícil se relacionar com alguém que (ainda apoia o governo Bolsonaro). Por dois motivos: ou porque é um escroto ou porque é burro”, afirmou a ex-jurada do MasterChef Brasil.

Como esperado, a fala não foi bem recebida pelos bolsonaristas. Mario Frias, ex-secretário de Cultura, sugeriu que Paola voltasse para seu país de origem, segundo reportagem do G1.

“Por que a Paola Carosella não volta para a Argentina? O sistema político que ela quer para o Brasil já foi implantado com sucesso na no seu país, a solução é simples, é só voltar pra lá”, escreveu Frias em um post no Twitter.

Renzo Gracie, lutador de MMA e também bolsonarista, sugeriu um boicote contra o Arturito, restaurante de Paola localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. “Vamos ver como vai ficar o restaurante dela. Vai ter que voltar para a Argentina”, afirmou o lutador.

A fala de Paola também fez com que a página do Arturito no Google recebesse uma chuva de críticas. Até a publicação deste texto, mais de 48 mil comentários, a maioria negativa, foram registrados no mecanismo de busca. No mundo real, porém, o efeito foi totalmente o contrário.

(*) Da redação da Menu