27/12/2017 - 8:00
por Cintia Oliveira*
Para Maurício Arruda, arquiteto e apresentador do programa Decora (exibido pelo canal pago GNT), tanto faz se a palavra cozinha se refere ao ambiente ou ao ato de preparar refeições: ambos o fascinam da mesma maneira. A prova disso é que concedeu a entrevista a seguir enquanto comprava ingredientes para a sopa de abóbora com gengibre e curry, que faria para o jantar.
A paixão também está em seus projetos arquitetônicos e de design de produtos. Ele é um dos responsáveis pelo Viena Delish, em São Paulo, e assina a linha de móveis José, inspirada no universo das feiras livres. A seguir, saiba mais sobre a ligação de Arruda com a cozinha.
Quais os aspectos que leva em conta para projetar uma cozinha?
Para alguém que goste muito de cozinhar, penso numa bancada ampla, de inox ou mármore, e numa quantidade maior de armários, para comportar inúmeros utensílios. Agora, para aqueles que fazem tudo com uma panela, eu aposto numa cozinha mais aberta, com os utensílios à mostra, dispostos de forma mais intuitiva. Gosto tanto de cozinhas que faria uma temporada inteira do Decora só com elas.
E como é sua cozinha?
É um meio termo. É grande, aberta para a sala, e as minhas facas e louças ficam expostas. Também tenho uma ilha de aço inox, que as pessoas gostam de ficar quando vêm em casa. Aliás, percebo que, nos últimos anos, a cozinha se tornou um espaço social. As pessoas estão redescobrindo o prazer de cozinhar em casa.
Você gosta de cozinhar?
Muito, me faz desligar de tudo. Preparo muitas verduras, legumes, peixes e carnes assadas. E, sempre que posso, trago algo da cozinha oriental. Fui a China, Índia, Vietnã, Camboja, e gostei muito de suas cozinhas.
Qual é a sua relação com restaurantes?
Gosto de restaurantes tradicionais e, ultimamente, tenho me interessado pela cozinha dos novos imigrantes. No coreano Hwang to Gil, no Bom Retiro (SP), por exemplo, tivemos de pedir a comida por gestos e fotos do menu, pois a dona não falava português.
Com será a nova temporada do Decora?
Continuaremos mostrando que reformar não é nenhum bicho de sete cabeças. O design está aí para trazer soluções, que facilitam a vida das pessoas.
* Entrevista publicada na edição 220