O XB, recém-engarrafado

Por Suzana Barelli

As primeiras cinco garrafas do espumante brasileiro da Freixenet, o XB, foram apresentadas, com exclusividade, na edição paulistana do Wine Day da importadora Qualimpor. Recém-engarrafada, a bebida, bem frutada, leve e fresca, deve ser lançada oficialmente em junho no mercado brasileiro, com preço ao redor de R$ 42. No evento, o espumante ainda estava um pouco nervoso, pedindo um pouco de tempo para descansar na garrafa, e deve estar ponto na data do lançamento.

O XB, cujo lançamento foi revelado em primeira mão neste blog em abril, é a aposta da Freixenet para crescer (ainda mais) no mercado brasileiro, agora não só com os seus cavas espanhóis, mas com uma bebida nacional. E foi uma das várias atrações do Wine Day.

Outra delas é que o vinho Crasto Superior terá agora a companhia de um branco. A primeira safra, a de 2013, acabou de ser engarrafada – o vinho passa sete meses em barricas, entre carvalho francês e madeira de acácia. É elaborado com 60% de viusinho e 40% de verdelho, de vinhas no Douro Superior. O bom frescor e a boca mais cremosa são as características deste branco. Ainda no estande da Quinta do Crasto, destaque para o Roquette & Cazes 2011, com notas de frutos escuros, floral e algo balsâmico. Elegante e persistente no paladar, foi um dos melhores vinhos do evento.

No Esporão, o destaque é o syrah 2010, da linha de mono-castas desta herdade alentejana. Com notas de frutas negras, com especiarias e tabaco, é um tinto potente, longo, no estilo dos bons syrahs alentejanos. Do Esporão, chama atenção também o azeite orgânico, elaborado com as variedades cobrançosa e arbequina, que trazem notas frutadas e de ervas recém-cortadas.

O ponto alto do evento foi o Porto Colheita 1964 da Taylor’s. No cinquentenário desta safra, esta casa do Porto está lançando esta edição especial. Batizado de Single Harvest Port Very Old, é um belo Colheita, com suas notas oxidativas, do longo envelhecimento em cascos de carvalho. Traz aromas de frutos secos, especiarias, nozes, caixa de charuto. É muito macio no paladar, com acidez presente (o que o torna bem interessante) e uma longevidade quase infinita na boca.