Servido em icônicas canecas de cobre, o clássico coquetel Moscow Mule é feito apenas com vodca, ginger beer (refrigerante de gengibre com toque picante) e limão – a espuminha que ficou famosa no Brasil não faz parte da receita original.

+Saiba como o estrogonofe veio da Rússia e invadiu as mesas brasileiras
+Bar em Casa: faça drinques e petiscos do Mule Mule Muleria
+Aprenda o drinque Chutando a Mula, releitura do Moscow Mule

Nos EUA, porém, uma mudança começa a surgir não na receita, mas no nome do drinque. Por causa da invasão da Rússia à Ucrânia, alguns bares passaram a chamar a bebida de Kiev Mule.

“É uma maneira de conscientizar as pessoas sobre o que está acontecendo neste momento”, disse Ronnie Heckman, 31, proprietário do restaurante Caddies, em Bethesda, no Estado de Maryland, em entrevista à agência de notícias France Presse.

A receita, garante Heckman – cuja família tem origens russas e ucranianas –, permanece intocada. “Vendemos 400 Kiev Mules em uma semana. Esperamos que outros bares adotem a mesma iniciativa”, afirmou.

O proprietário do Caddies disse ainda que de parou de comprar e servir vodca russa em apoio aos ucranianos – o boicote às bebidas russas, aliás, tem sido registrado em vários estados dos EUA e do Canadá.

Não se sabe ainda se esse boicote realmente causará um grande impacto econômico para a indústria de bebidas russa. Para as autoridades dos dois países, no entanto, retirar as marcas russas das prateleiras e dos cardápios é uma forma de apoiar a Ucrânia e se posicionar contra a invasão russa.

(*) Da redação da Menu