Donos de bares e restaurantes da cidade de São Paulo realizaram nesta terça-feira (2) mais uma manifestação contra as restrições impostas ao funcionamento dos estabelecimentos do setor pelo governo do Estado para conter a pandemia do novo coronavírus, especialmente a determinação de fechar os estabelecimentos às 20h, em dias de semana, e durante todo o dia aos sábados e domingos.

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É a terceira vez que empresários e funcionários do setor protestam contra as medidas. O ato de hoje foi organizado pelos movimentos Gastronomia Viva e #NãoDeixeFecharaConta e reuniu cerca de 200 pessoas no Masp, na avenida Paulista, entre 15h e 17h.

O segmento alega que trabalha seguindo os protocolos de segurança e pede auxílio financeiro do Estado. Os empresários demandam suspensão do aumento do ICMS e querem moratória total e irrestrita, além de crédito emergencial para continuar trabalhando.

“Diariamente há registros de aglomerações nas ruas enquanto os estabelecimentos, que são espaços seguros de lazer e seguem protocolos, estão fechados ou funcionando somente com 40% de sua ocupação e forte restrição de horários”, afirmou o escritório de São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), por comunicado.

“Não bastasse isso, o governo do Estado também aumentou as alíquotas de impostos de insumos como a carne bovina, o leite, o queijo e a farinha de mandioca, e elevou o ICMS do setor em 15%”, destacou a entidade.

“Se essa situação durar mais três meses, apenas 20% dos estabelecimentos da cidade terão condições de reabrir as portas e a reconstrução levará muitos anos”, acrescentou a Abrasel-SP.

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, sinalizou que vai flexibilizar as restrições à abertura de bares e restaurantes, caso o número de internações de pacientes com covid continue em queda. O anúncio das novas medidas pode acontecer já nesta quarta-feira.

(*) Da redação da Menu