por Néli Pereira*

Para as comemorações de fim de ano – e para os dias mais quentes que já chegaram e ficarão conosco – é uma boa pedida usar o frescor dos espumantes em drinques (confira algumas receitas aqui). Entre os clássicos, o mais emblemático deles é o champagne cocktail, que leva angostura e açúcar em versões com e sem conhaque – receita que vem desde 1862 com o mestre dos mixologistas, Jerry Thomas, em seu livro Bon Vivant’s Companion.

Mimosa é outra sugestão, geralmente para os brunchs, com espumante e suco de laranja, ou substitua por suco de pêssego para um bellini. Há ainda o saudoso kir royal, que leva licor de cassis, ou o simples kir, com vinho branco e espumante.

Kir royal, com licor de cassis

Muitos ponches também levam a bebida, em versões cheias de frutas e que tem a cara das festas deste mês. Para as grandes ocasiões, outra dica é substituir o vinho branco por espumantes em deliciosos clericots – uma espécie de versão francesa da sangria – que devem ser servidos em jarras e são ótima opção para compartilhar. De toda forma, sempre vai ter aquele momento festivo de abrir a garrafa… e celebrar!

No negroni?

No caso do negroni sbagliato, o espumante entra no lugar do gim

Sim. Espumante no negroni. Puristas recentes ou antigos vão se arrepiar, já que a moda desse drinque parece ter vindo para ficar. Há casas especializadas no coquetel, que vem sendo servido com vários twists e versões. Como nosso tema hoje são os espumantes, vale lembrar do negroni sbagliato – ou “negroni errado”. O nome se deve à origem da receita, que supostamente foi feita por um bartender atrapalhado que trocou o gim por espumante na hora de preparar o drinque. E ele é justamente assim: doses iguais de espumante, vermute e amaro. Certo ou errado?

Para ler e aprender

Uma das editoras da Imbibe, renomada revista sobre bebidas, Kate Simon dedicou um livro todo aos coquetéis com espumantes e evocou as “borbulhas” logo no título Tiny Bubbles — Fizzy Cocktails for Every Occasion (Pequenas Bolhas — Coquetéis Espumantes para todas as ocasiões, em tradução livre). Ali, encontram-se versões dos clássicos e ideias de como montar os coquetéis e guarnições superinteressantes, usando sal e cerejas frescas, por exemplo.

 

 

 

 

* Texto publicado na coluna A coqueteleira, na edição 213