O Brasil é o maior produtor mundial de panetones, seguido por Peru e Itália — este último, país de origem do pão que se tornou símbolo das festas de Natal no mundo todo. O país produz panetones desde a chegada em massa de imigrantes italianos no século XX e, atualmente, fabrica cerca de 480 milhões de unidades por ano. Esse volume é maior do que a soma do segundo e do terceiro colocados: Peru, com 230 milhões de unidades produzidas anualmente, e Itália, com 220 milhões.

Essas e outras curiosidades sobre o mais tradicional símbolo gastronômico natalino foram compartilhadas pelo chef confeiteiro Giuseppe Piffaretti em um encontro no Consulado Geral do “Belpaese” em Madri, Espanha, como parte da 10ª edição da Semana da Culinária Italiana no Mundo. Segundo Piffaretti, a verdadeira revolução comercial do pão natalino aconteceu com o confeiteiro Angelo Motta (1890-1957), que se tornou o maior produtor de Milão, expandindo em seguida por toda a Itália, e logo fábricas começaram a abrir na América do Sul.

“Para a Itália, o panetone é savoir-faire, porque os confeiteiros querem ser reconhecidos por sua habilidade, já que é o produto de confeitaria mais difícil de se fazer no mundo”, disse Piffaretti, em entrevista à “ANSA”.

O mestre, fundador da Copa do Mundo do Panetone, também compartilhou os ingredientes de sua receita: 800 gramas de manteiga para um quilo de farinha, 500 a 600 gramas de gemas de ovo, além de um quilo de frutas cristalizadas para cada quilo de massa.

“O panetone é mais bem apreciado no verão do que no inverno, porque a manteiga amolece a 30ºC, enquanto no inverno, se não estiver na temperatura certa, é um problema”, finalizou.