por Cintia Oliveira*

Um chef decadente e uma auditora obcecada por sucesso. Estão aí os ingredientes de Gosto Se Discute, comédia romântica que estreou neste mês na plataforma de streaming Netflix.

O longa dirigido por André Pellenz conta a história do chef Augusto, interpretado por Cassio Gabus Mendes, que se vê obrigado a sair de sua zona de conforto com a chegada da auditora Cristina, vivida por Kéfera Buchmann, que fará de tudo para trazer ao restaurante o brilho de outrora. E ele ainda tem que lidar com a concorrência de um food truck e a perda repentina de paladar.

Embora tenha assumido bem o papel, Gabus Mendes admite que cozinhar não é o seu ponto forte. Mas uma de suas paixões é a comida e ele está sempre antenado com as novidades, como conta na entrevista a seguir.

Como surgiu o convite para fazer o filme?
Há uns quatro anos, o Marcus Baldini (produtor do filme) me ligou e me contou a sinopse. Como é um tema que me atrai muito, eu fiquei interessado e participei do projeto desde o início.

Fez algum laboratório para interpretar um chef?
Eu tive a chance de passar um dia na cozinha do Maní e acompanhei um serviço de almoço com a chef Helena Rizzo. Fiquei observando os movimentos dela e da equipe. E me surpreendeu o fato de tudo funcionar na maior tranquilidade, como uma engrenagem. Não só pelo personagem, mas pelo lado pessoal, foi uma oportunidade incrível.

No longa, o chef Augusto (Cassio Gabus Mendes) e a auditora Cristina (Kéfera Buchmann), tentam salvar restaurante decadente

 

 

Assim como o seu personagem, você cozinha?
Na verdade, eu estou mais para um comilão. Assisto a muitos programas de culinária, estou sempre antenado com o que está acontecendo, mas me falta habilidade e vocação para cozinhar. Há 18 anos, participo de uma confraria com amigos e sempre que abre um restaurante, ou tem um chef novo na cidade (São Paulo), nós vamos lá conhecer. E também temos uma mesa cativa no bar Original.

Quais restaurantes você gosta de ir?
Que pergunta difícil. São muitos! Sempre procuro descobrir lugares novos. Mas os mais frequentes são o Tatini, que vou desde criança, a Camelo, de onde eu sempre peço a pizza e adoro o frango à passarinho. E, sempre que eu posso, vou ao Tanit. Já provei quase todo o cardápio e acabei ficando amigo do chef Oscar Bosch.

* Entrevista publicada na edição 223 (novembro/ 2017)