Um prato criado em 2015 por Andoni Luis Aduriz, premiado chef e proprietário do restaurante Mugaritz, localizado na cidade de Errenteria, no País Basco (Espanha), voltou a causar polêmica – desta vez, por causa de notícias falsas divulgadas pelas redes sociais.

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Na semana passada, a agência de notícias espanhola EFE publicou uma reportagem sobre a reabertura do Mugaritz (o restaurante funciona apenas em algumas épocas do ano) e destacou uma das antigas criações de Aduriz, um cozido que imita um feto com três meses de gestação.

Apesar de o prato, chamado Origens, nunca ter sido servido no Mugaritz – na verdade, ele faz parte de uma série de receitas apresentadas em escolas de gastronomia e outros eventos –, muita gente acreditou ser uma novidade e saiu divulgando o conteúdo.

Aliás, os haters deram novos nomes para a receta: “cozido mimese” e “embriões cozidos”. A reação foi tamanha que até um jornal espanhol, o Hispanidad, de viés conservador, acusou Aduriz de dar “mais um passo no processo de barbárie e selvageria no mundo contemporâneo”. “Normaliza comer um feto, normaliza o canibalismo, o aborto e o infanticídio”, argumentou..

O chef se pronunciou por meio do perfil do Mugatiz no Twitter e disse que o “prato que está sendo divulgado nunca fez nem fará parte de nossa proposta gastronômica”.

“Trata-se de um conceito que forma parte de uma coleção de pratos tabu de Mugaritz, usados como exercício interno para explorar os limites da contradição”, acrescentou Aduriz, destacando que a receita nunca foi – nem será – servida nos menus-degustação do restaurante.

“Lamentamos profundamente que as imagens e informações não verificadas tenham sido difundidas por terceiros e possam ter feridos sensibilidades. Essa não é a verdadeira intenção do Mugaritz com suas criações gastronômicas”, encerrou.

(*) Da redação da Menu