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Bebidas com altas quantidades de açúcar – de sucos a refrigerantes – vêm sendo apontadas há algum tempo como umas das principais inimigas da saúde. Entre os males relacionados ao consumo exagerado desses produtos estão o desenvolvimento de diabetes do tipo 2 e obesidade, que causa outras doenças.

O Chile, porém, mostrou que é possível lidar com a questão com medidas simples. Em vez de um imposto maior para essas bebidas (tática adotada em vários países), o governo proibiu a venda de refrigerantes e outras bebidas com muito açúcar nas escolas.

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Além disso, esses produtos agora são obrigados a exibir uma advertência em seus rótulos, assim como é feito nos maços de cigarros. No caso das bebidas, há um selo indicando alta quantidade de açúcar. Outros alimentos, porém, podem ter alertas sobre grandes quantidades de gordura e sódio

A estratégia se mostrou eficiente, de acordo com pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte e da Escola de Saúde Pública Global Chapel Hill Gillings. Segundo estudo publicado no periódico Plos Medicine, o consumo desses produtos diminuiu 23,7% desde 2016, quando a s medidas foram implementadas.

Sucos de frutas e bebidas lácteas foram os produtos com maior redução no consumo, de acordo com o estudo. Os pesquisadores destacam que as advertências sobre as quantidades de açúcar foram mais eficientes que outras medidas, como o aumento de impostos.

O estudo afirma ainda que a estratégia deve se tornar referência mundial e que, em até 10 anos, outros países devem adotar iniciativas semelhantes para reduzir o consumo de açúcar, sódio e gordura entre a população.