Boa notícia para quem curte peixes, especialmente os mais gordurosos, como sardinha, salmão, anchova e atum. Cientistas descobriram que há uma conexão entre níveis mais altos de ômega-3, presentes em peixes e frutos do mar gordos, e menor risco de desenvolver problemas nos rins, como a doença renal crônica, condição que afeta cerca de 700 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o site Euronews.

Assim, comer pelo menos duas porções, por semana, de peixes gordurosos de água fria, como cavala, sardinha ou arenque, foi associado a um risco reduzido de desenvolver problemas renais e a um declínio mais lento na função do órgão.

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É uma boa notícia para onívoros e amantes dos peixes, mas não tão boas para vegetarianos e veganos. Embora os ácidos graxos do tipo ômega-3 também podem ser encontrados em alimentos à base de plantas, como a linhaça, os cientistas descobriram apenas que os provenientes de pescados gordos estavam associados a um risco reduzido de doença renal.

O estudo, conduzido pelo George Institute for Global Health e pela University of New South Wales, foi publicado na revista médica BMJ. A pesquisa combinou os resultados de 19 ensaios envolvendo mais de 25.000 pessoas de 12 países diferentes, de diferentes sexos, raças, índices de massa corporal, atividades físicas e histórico médico, com idades entre 49 e 77 anos, como mostrou reportagem do Euronews.

A ligação benéfica entre comer peixe oleoso e ter um rim mais saudável era pequena, mas definitivamente existia: os pesquisadores descobriram que níveis mais altos de ômega-3 presentes nos frutos do mar estavam associados a um risco 8% menor de desenvolver doença renal crônica.

As descobertas confirmam o que havia sido sugerido anteriormente pelas diretrizes dietéticas que recomendavam o consumo semanal de peixes oleosos e outros frutos do mar, embora até agora não houvesse muitas evidências de que os ácidos graxos ômega-3 pudessem realmente ajudar a manter os rins saudáveis.

“Nossas descobertas sugerem que o consumo adequado de frutos do mar e peixes gordos deve fazer parte de padrões alimentares saudáveis”, dizem as conclusões do estudo.

Os pesquisadores afirmaram que suas descobertas foram observacionais e não demonstraram que comer mais frutos do mar definitivamente reduz o risco de doença renal crônica. Porém, eles apontam que a realização de mais estudos randomizados controlados são necessários para entender melhor o papel potencialmente benéfico dos ácidos graxos ômega-3 de frutos do mar na atividade renal humana.