Uma campanha publicitária lançada na semana passada pela rede de fast-food Burger King está sendo criticada nas redes sociais e também pela Frente Parlamentar Evangélica.https://revistamenu.com.br/tag/redes-sociais/

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Com o objetivo de debater a inclusão da comunidade LGBTQIA+, o filme “Como explicar?” traz depoimentos de crianças de várias idades sobre as relações delas com pessoas de diversas orientações sexuais.

Ao longo do vídeo, as crianças, acompanhadas por seus responsáveis, compartilham suas visões sobre a diversidade. As perguntas foram feitas por profissionais e as respostas são espontâneas em uma gravação sem roteiro.

“O preconceito é uma construção social e, com toda a responsabilidade que nos cabe enquanto companhia, conseguimos mostrar que os pequenos carregam o discernimento a partir de um olhar muito sensível e humano”, disse Juliana Cury, diretora da marca, por meio de nota.

O fato de a campanha contar com a participação de crianças, no entanto, fez com que muitas pessoas fossem às redes sociais atacar a rede de fast-food. Desde que o comercial foi ar, cerca de 65 mil pessoas postaram a hashtag #BurgerKingLixo no Twitter.

Além disso, a Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional publicou uma carta de repúdio ao anúncio. O grupo acusa o Burger King de “utilizar da imagem, da inocência e da ingenuidade de nossas crianças para agredir valores bíblicos e eternos, com o intuito de confundir famílias”.

“A referida empresa propõe, ao agredir os princípios bíblicos e diferenças fisiológicas naturais, criar uma nova formatação familiar que afronta a Bíblia Sagrada. Procura assim, fazer com que o homem e a mulher não se diferenciem mais pelo sexo, mas sim pelo gênero. Trata-se de uma tentativa covarde para corromper as famílias, confundir pais e interferir na formação de menores, atacando princípios morais e éticos que devem ser preservados”, diz o documento.

Foto: Reprodução

Em resposta, o Burger King afirmou que “acredita no respeito como princípio básico de todas as relações humanas e não tolera o preconceito”. “Aqui, todas as pessoas são bem-vindas”, acrescentou.

(*) Da redação da Menu