Convencer o público mais jovem a comprar determinados produtos tem sido um desafio para empresas de diferentes setores nos últimos anos, entre eles o de vinhos.

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Menos interessados em regras e rituais, a chamada geração Z, formada pelos nascidos entre 1995 e 2010, inclusive considera que vinho é “cringe”, palavra usada por eles para descrever como brega alguma coisa ou situação que as gerações mais velhas valorizam.

Para reverter essa situação, a vinícola chilena Concha Y Toro, mais conhecida pela marca Casillero del Diablo, lançou recentemente no mercado brasileiro um rótulo feito especialmente para conquistar esse público: o Diablo Dark Red.

“Em geral, as marcas não conversam com esse segmento. Diablo vem justamente para conversar com um perfil que não se conecta muito com a categoria”, explica Larissa Buscatti, gerente de marca da Concha Y Toro no Brasil.

Mas, como não era de se esperar – até pelo público a qual são destinados – o “diabo” é um vinho tinto premium (seu preço fica em torno de R$ 90, em empórios e supermercados), feito com bastante cuidado pelo enólogo chileno Héctor Urzuá.

No primeiro gole, fica claro para quem o Dark Red foi criado. É um vinho ligeiramente mais doce e com taninos suavizados, para não deixar aquela sensação de boca amarrada deixada por bebidas mais complexas e agradar o maior número de consumidores possível.

“Fizemos um rótulo democrático, tanto para aqueles que estão descobrindo esse universo quanto para os consumidores que têm mais conhecimento e gostam de um bom vinho”, ressalta Pietro Cappuzi, diretor de marketing da Concha y Toro no Brasil.

A ideia é que o Diablo seja uma opção para aqueles que querem apenas tomar um bom vinho no final do dia, por exemplo, mas não estão dispostos a conhecer aspectos mais técnicos da bebida. Nesses tempos em que não faltam preocupações, pode ser uma boa aposta.

(*) Por Pedro Marques, editor da Menu