O Clementina (@clementina___sp) não é só mais um bar de vinhos. Primeiro porque ele tem a proposta de ser um lugar leve, despojado, simplificado, ou seja, livre das amarras e dos clichês desse universo.

Segundo porque ele promete uma carta garimpeira e curiosa, cheia de rótulos de pequenos produtores daqui e de fora. Terceiro – mas não menos importante – porque ele carrega o nome da cachorra mais famosa de Pinheiros, em São Paulo, figurinha carimbada do Lar Mar (@_larmar_), outro bar do Grupo Vanz, que, agora, terá que descer e subir as escadas para se dividir entre as duas casas.

Um salão rústico, com paredes de tijolinhos, acolhe a clientela que vem em busca de bons vinhos naturais, com nenhuma ou pouca intervenção, orgânicos e biodinâmicos. Os rótulos – 52 na carta de estreia – foram garimpados por Marcel Forte, que é um dos sócios do Clementina.

Toda semana o Clementina apresenta rótulos exclusivos para seus clientes/Créditos: Bruno Geraldi
Toda semana o Clementina apresenta rótulos exclusivos para seus clientes/Créditos: Bruno Geraldi

Toda semana, 8 rótulos estão disponíveis para serem degustados em taças – a ideia é com isso trazer uma oferta maior e diversa da que comumente encontramos em bares pela cidade, dando a possibilidade de se provar vinhos de origens e estilos diferentes em uma única noite. Além disso, toda semana terá também uma opção de drinque com vinho, para começar: Portônica, que leva vinho do Porto branco e tônica.

Conheça os destaques da casa

Entre os destaques, o Pét Nat Glera, da brasileira Vivente, é um espumante ancestral fácil, leve e muito refrescante (providencial nesses dias de muito calor!), fermentado espontaneamente por leveduras selvagens. Já o Lazy Winemaker é um vinho laranja mais rústico, orgânico e muito saboroso – ele é produzido no Chile, na região do Vale do Maule.

Na ala dos tintos, o Los Sospechosos 2016 merece um parágrafo à parte. Feito exclusivamente a partir de uvas Cinsault, ele foi concebido por três enólogos do Movi (Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile), que escondem a sua identidade – daí o nome Los Sospechosos, que, em português, quer dizer Os Suspeitos.

“Cada safra deste vinho é produzida por enólogos diferentes, com uvas diferentes, o que o torna tão especial e misterioso”, conta Marcel.

Para acompanhar os vinhos, há queijos e itens de charcutaria produzidos por pequenos produtores brasileiros. Eles podem ser pedidos à la carte ou em tábuas que o próprio bar sugere – mas, se o cliente preferir, ele pode montar a sua versão também.

Tábua de Charcutaria da Clementina /Créditos: Bruno Geraldi
Tábua de Charcutaria da Clementina /Créditos: Bruno Geraldi

A tábua Serrana, por exemplo, combina copa maturada e os queijos Porão e Dolce Bosco, produzidos pela Fazenda Atalaia, em Amparo, e pelo Capril do Bosque, em Joanópolis, respectivamente, e leva esse nome em referência às expedições de Marcel pela Serra da Mantiqueira.

Já a tábua Da Terra, opção para veganos, traz à mesa queijo vegetal trufado com damasco, queijo vegetal de castanha de caju com cranberry e homus tradicional ou de beterraba. Todas as tábuas (ao todo, são quatro opções) vêm acompanhadas de pão e chutney.

Se a fome for maior, vale dar uma olhada na seção de pizzas do cardápio. Há quatro opções de coberturas, todas também usam exclusivamente queijos e charcutaria nacional, como a Puglia (R$ 56), que combina finas lâminas de batata temperadas sobre camada de queijo cremoso de castanhas, mais mozzarella e queijo Tulha, e a Diávola Cle (R$ 58), com molho de tomate, mozzarela, diavoletti e um toque de mel para arrematar.

Serviço 

Endereço: Rua João Moura, 613 – Pinheiros
Horário: Terça a sexta-feira, das 18h à 00h. Sábado, das 16h à 00h e domingo, das 14h às 20h.
Contato: 11 9.7801-1074