Extraído da região da paleta, o shoulder é um corte bovino que tem conquistado cada vez mais espaço no mercado de carnes. Sua versatilidade e custo-benefício estão levando-o, inclusive, a superar a tradicional picanha nas preferências dos brasileiros para churrasco.

Ao “Globo Rural”, de onde são as informações, Rossano Mendonça da Silva, dono da The Bife Boutique de Carnes Nobres, explica que os principais motivos dessa popularidade são o preço acessível e a maciez.

Na loja localizada no Rio de Janeiro, a picanha angus é vendida por R$ 179 o quilo, enquanto o shoulder angus sai por R$ 104 o quilo. Rossano comenta que trata-se de um corte nobre com excelente custo-benefício.

O especialista em churrasco também destaca que o shoulder pode ser adquirido na versão “red”, sem capa de gordura, a depender da preferência do cliente. Antes, o corte era considerado uma “carne de segunda” por ser proveniente da parte dianteira do boi, indicada apenas para preparos ensopados. Hoje, essa visão mudou, e o shoulder se destaca no churrasco.

“Não falamos mais em carne de primeira ou segunda, pois se o animal é de primeira, como pode ter uma carne de segunda? O que muda são as características de cada corte”, defende Silva.

Dicas para preparar o shoulder

O corte pode ser assado na grelha, no espeto, no forno e até na air fryer. A recomendação de Rossano é cortar a carne em pedaços de dois a três dedos de espessura (aproximadamente 300 gramas), com atenção à membrana central, que pode deixar o corte mais rígido se não for removida. O ideal é servi-la malpassada, ao ponto para mal ou, no máximo, ao ponto, como sugere o chef.