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Produtores dos Estados Unidos já trabalham com a possibilidade de uma queda na produção de cerveja, refrigerantes e outras bebidas carbonatadas no país durante a quarentena imposta para conter a pandemia de coronavírus.

O problema, de acordo com uma reportagem publicada pela agência de notícias Reuters, é a queda nos estoques de dióxido de carbono, ou gás carbônico, produto responsável pelas refrescantes borbulhas dessas bebidas.

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Nos EUA, o dióxido de carbono é vendido majoritariamente pelas usinas de etanol, que liberam grandes quantidades do gás durante a produção do combustível. O gás é envasado e vendido aos fabricantes de bebidas.

Com a quarentena, no entanto, a produção de etanol foi drasticamente reduzida: das 45 usinas de etanol do país, apenas 11 continuam funcionando. Além disso, o preço do gás carbônico subiu 25%, por causa da escassez do produto.

As cervejarias artesanais são as que mais devem sentir o impacto da escassez de CO2. De acordo com Bob Pease, diretor-executivo da Brewers Association, 45% das pequenas cervejarias compra gás carbônico de usinas de etanol. Com a alta do insumo, Pease prevê uma redução na produção das cervejas artesanais até que o fornecimento de gás carbônico seja restabelecido.

Grandes produtores, por outro lado, estão mais preparados para lidar com o problema. Muitas fábricas já estão adaptadas para reaproveitar o CO2 emitido por suas operações e afirmam que não devem ter problemas com a produção.