Perder uma pessoa querida nunca é fácil, mas enfrentar o luto é tarefa necessária para todos. Seja você um cozinheiro ou não, especialistas nesse momento tão difícil da vida, e no processamento de dores emocionais, trazem uma informação importante: cozinhar pode ajudar nesse processo, já que preparar pratos que os entes queridos costumavam fazer pode ter um papel crucial na recuperação de quem acabou de perder alguém.

O site Well + Good conversou com especialistas a respeito desse tema delicado para entender como funciona a ciência por trás desse fato, e como cozinhar pode ajudar as pessoas a se recuperar de perdas importantes.

Segundo a reportagem, cozinhar é uma experiência sensorial, que envolve toque, paladar, visão, olfato e audição. De todos os sentidos acessados no processo, no entanto, o que está mais conectado com a cozinha é o olfato, segundo a psicóloga Peggy Loo, de Nova York.

De acordo com a profissional, quando cozinhamos, ativamos o hipocampo e a amídala, partes do cérebro envolvidas na memória e no processamento das emoções.

Além disso, cozinhar ajudar a lidar com o luto porque ajuda a reduzir o medo que sentimos de esquecer nossos entes queridos que já se foram, como uma forma de falar, um jeito de sorrir ou até a careta que a pessoa fazia momentos antes de espirrar. “Sabendo que nosso olfato está enormemente conectado com nossas memórias significa que podemos acessar essas memórias sempre que preparamos algum prato que nos lembra a pessoa amada que já partiu”, diz Peggy.

Dessa forma, ao reproduzir receitas dos entes queridos, ou recriar pratos que um dia foram compartilhados com a família e os amigos, ajuda a manter vivas as memórias felizes do passado.

De acordo com a psicóloga, “cozinhar é o que nos mantém conectados com nossos amados quando eles partem”.