Começou nesta segunda-feira, 8, em Nova Délhi, na Índia, a reunião da Unesco que decidirá sobre a inclusão da cozinha italiana como patrimônio cultural imaterial da humanidade. O encontro do Comitê Intergovernamental da organização vai até 13 de dezembro, mas o anúncio sobre a candidatura da culinária da Itália é esperado para quarta-feira, 10.

O país pode se tornar o primeiro no mundo a ter sua cozinha tombada pela Unesco, que já reconheceu elementos específicos, como a arte dos pizzaiolos napolitanos ou o preparo do kimchi coreano, mas nunca uma culinária nacional em sua totalidade.

Em novembro passado, uma comissão técnica formada por especialistas dos cinco continentes afirmou que a culinária italiana preenche os requisitos para ser inscrita na lista de patrimônios, porém a decisão final caberá a um colégio eleitoral político composto por 24 países, incluindo Alemanha, China, Espanha, França, Índia, Nigéria e Ucrânia.

A delegação italiana em Nova Délhi é liderada pelo embaixador de Roma na Unesco, Liborio Stellino, pela presidente do comitê promotor da candidatura, Maddalena Fossati, e pelo curador do dossiê, Pier Luigi Petrillo, professor da Universidade de Roma Unitelma Sapienza, além de funcionários do Ministério da Cultura que acompanharam o processo.

“Reconhecer a cozinha italiana significa demonstrar que a cultura e a comida são duas faces da mesma moeda. Em todos os povos, em todas as nações, o ato de comer reflete a cultura daquele lugar. Há povos em que a comida tem um papel secundário, mas há povos em que ele tem uma dimensão sagrada, como na Itália”, disse Petrillo, em uma entrevista à ANSA em outubro passado.