por Pedro Marques, da Menu

Menos gente nas ruas, salões vazios e queda no faturamento. Essa é a realidade de bares e restaurantes em todo o mundo e que já começa a afetar estabelecimentos no Brasil. Para tentar reduzir os prejuízos que certamente virão, uma estratégia é investir no delivery de pratos ou na possibilidade de fazer os pedidos pela internet ou telefone e retirar a comida nos restaurantes.

“Se a casa não tem delivery, acho bom que pense na ideia. Pode ter até os próprios entregadores, para estabelecer um relacionamento com os clientes ou então renegociar as comissões com as grandes empresas de entregas”, afirma Percival Maricato, presidente do escritório de São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP).

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E os pedidos já estão crescendo. “Tivemos um bom movimento com o delivery no fim de semana passado e a tendência é que aumente cada vez mais, pois as pessoas devem ficar mais em suas residências”, afirma Maurício Sá, proprietário da pizzaria Dona Firmina.

Quem ainda não trabalha com essa modalidade está correndo para oferecê-la aos clientes. É o caso do restaurante Animus, da chef Giovanna Grossi, que recentemente aderiu ao serviço. “Estamos oferecendo delivery ou takeout, para que os clientes possam continuar aproveitando as nossas receitas, na segurança de casa”, afirma a chef.

Para atender a essa demanda, porém, é preciso ficar atento a algumas questões, como logística. “O delivery é uma parte muito importante para os nossos negócios. No Matilda Lanches, por exemplo, corresponde a 50% do faturamento. A dificuldade é por conta de uma logística complicada em relação às embalagens. Precisa ter um estoque grande”, explica Renata Vanzetto, que também é proprietária de outras casas, como os restaurantes Ema e Muquifo e o MeGusta Bar.