Nesta sexta-feira, 13 de setembro, comemora-se o Dia da Cachaça. O destilado, tipicamente brasileiro, foi criado há mais de 300 anos.

A cachaça foi uma invenção dos senhores de engenho para compensar o baixo valor do açúcar na época do Brasil Colônia. Ela foi capaz de incomodar até a Corte Real Portuguesa, que detinha o monopólio de vinhos e aguardente no Brasil e decidiu proibir sua produção e venda em 13 de setembro de 1649.

A proibição causou revolta nos produtores que eram perseguidos e tinham que pagar impostos. Sendo assim, no dia 13 de setembro de 1661, eles tomaram o poder no Rio de Janeiro durante cinco meses, dando origem à Revolta da Cachaça.

A origem da cachaça costuma ser motivo de discussões. No entanto, a teoria mais provável é que ela tenha sido destilada pela primeira vez em 1516, na Feitoria de Itamaracá (PE). A bebida surgiu antes do pisco, da tequila, do rum e do bourbon, sendo o primeiro destilado das Américas.

Segundo o Anuário da Cachaça, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, existem 5.998 rótulos da bebida e 1.217 cachaçarias registradas no país.

Depois da cachaça, nasceu também a Caipirinha, bebida mais famosa do Brasil — que surgiu de um remédio caseiro na época da Gripe Espanhola. A pandemia, que chegou no Brasil na metade de 1918, fez a população recorrer a uma mistura de aguardente com mel e limão para amenizar os sintomas da gripe. A partir dessa mistura, surgiu o coquetel famoso internacionalmente.