Presente em diversos drinks internacionais, como o clássico Manhattan e o refrescante Martini, o vermute tem ganhado cada vez mais atenção na área dos mixologistas. Ao longo dos anos, o destilado foi encarado como apenas um complemento nas bebidas alcóolicas, mas agora, com as diferentes safras, a presença dos vinhos fortificantes aromatizados se torna cada vez mais comum.

Apesar de não aparentar, o composto conta com três categorias diferentes: doces, secos e brancos. Como a produção do vermute leva em conta a infusão de ervas, especiarias, frutas, botânicos e quantidade de açúcar, cada marca possui toques únicos.

“As duas principais diferenças entre o vermute doce e o seco são a quantidade de açúcar, como o nome sugere, e os tipos de misturas botânicas usadas durante a produção. Os doces são considerados mais ricos e encorpados, enquanto os secos são mais leves e crocantes”, explica Alessandro Garneri, master blender da empresa Martini & Rossi, em entrevista à “Food&Wine”.

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Confira as diferenças e em qual drink adicionar os vermutes

Vermute doce

Como a nomeação sugere, essa categoria conta com uma quantidade maior de açúcar, levando cerca de 150 gramas por litro. Além disso, a adição de frutas secas e baunilha também podem evidenciar a doçura.

Embora seja feito a partir do vinho branco, o vermute doce tem uma coloração escura devido ao açúcar caramelizado – por isso ele é identificado como tinto, rosso ou italiano.

Mesmo com a grande medida adocicada, a bebida continua com seu amargor clássico, além de apresentar notas amadeiradas, frutadas ou picantes. Esse tipo de ingrediente é essencial na preparação de coquetéis populares como o Manhattan, Negroni e o Greenpoint.

“Marcas diferentes terão níveis variados de doçura devido à sua mistura de botânicos e métodos de produção. Essas complexidades de sabor equilibram o amargor para criar uma doçura deliciosa no paladar”, completa Garneri.

Vermute seco

O segundo tipo de vermute foge totalmente do acréscimo de compostos açucarados. Seu teor máximo de açúcar é de apenas 50 gramas por litro – o vermute extra seco chega a menos de 30 g/l –, gerando um sabor mais leve e crocante.

Segundo os especialistas, a bebida conta com toques cítricos e florais, com foco no limão e em flores de laranjeira. Esse fator faz com que eles sejam mais versáteis e os preferidos para drinks complexos.

Essa versão pode ser encontrada na lista de ingredientes do tradicional Martini, do Brooklyn e do Old Pa, além de ser protagonista em coquetéis que tenham como base uma dose de refrigerante com açúcar.

Vermute bianco

Apesar de menos utilizado em preparos clássicos, o vermute branco também apresenta grande versatilidade. Sua receita fica entre os dois anteriores e exibe notas florais fortes.

As doses de safras do bianco costumam ser utilizadas em drinks leves e com teor alcoólico menor. A bebida é ideal no preparo de versões mais suaves de Martini e Gin Blossom, originalmente feito pela mixologista Julie Reiner.