Você parou de usar azeite para cozinhar? Está mais contido na hora de temperar a salada? Não é para menos. Uma garrafa de meio litro custa hoje cerca de 50 reais, ou seja, 50% a mais do que há um ano. E não é só no Brasil.

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O mundo todo está enfrentando isso. E ainda vai levar um tempo para os preços caírem. A origem do problema está no sul da Europa, a maior região produtora de azeite do mundo.

As oliveiras são famosas por aguentarem tempo seco e quente. Tanto que na Grécia Antiga já eram um símbolo de força. Mas o verão passado foi extremo demais para elas, o mais quente em dois mil anos naquela região. E a produção do sul da Europa caiu um terço.

Os estoques baixaram, e o preço aumentou. E a colheita da nova safra começa só em outubro. O clima do atual verão europeu está um pouco melhor. Mas isso não significa que a colheita já voltará ao normal.

As oliveiras demoram um tempo para se recuperar de um evento extremo. Se o clima permitir, os estoques devem voltar ao normal somente daqui a dois anos.

E no caso do Brasil existe um risco adicional, que é o dólar. Os brasileiros importam mais de 99% do azeite que consomem. A maior parte de Portugal.

Se o dólar sobe, sobe também o preço dos produtos importados. E, neste ano, a moeda americana acumula alta de 13%. Ou seja, o azeite seguirá caro.