Era para ser uma festa na cidade de Areia Branca, a 330 km de Natal, no Rio Grande do Norte. Após uma viagem à costa do Estado, os pescadores da cidade conseguiram capturar um rato atum azul de 350 kg, avaliado em cerca de R$ 140 mil.

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Ao voltar da expedição, duas semanas depois, os marinheiros descobriram que o peixe já não valia mais nada, pois não foi conservado corretamente. “Eles deveriam ter retornado imediatamente ao continente com o peixe ainda fresco”, disse Gabriella Minora, gerente de Gestão Ambiental de Areia Branca.

Segundo a gestora ambiental, o peixe grande foi mantido conservado apenas com gelo, procedimento padrão em barcos que não contam com sistema de refrigeração. Isso fez com que a qualidade da carne do pescado se perdesse, impedindo os pescadores de vender o animal para compradores no exterior.

O dono do barco confirmou o prejuízo e disse que não sabia que teria que ter voltado logo para a cidade. “Para fazer sushi, a qualidade ficou comprometida. Aí, como ele é muito grande, nem as peixarias daqui pegaram”, explicou o pescador, que não quis ter seu nome revelado.

A solução encontrada foi distribuir pedaços do já não tão valioso atum entre os moradores da Areia Branca. “O peixe vai virar fritura para a gente mesmo. Já dividimos”, afirmou o a azarado pescador.

(*) Da redação da Menu