Domingo (18) é a grande final da Copa do Mundo do Qatar e a torcida se divide entre Argentina e França para ver quem leva a melhor. Naturalmente, as duas Seleções estão recebendo atenção da mídia mundial.

O TastingTable publicou uma matéria sobre um dos hábitos mais arraigados na Argentina: a hora do mate. Assim como ocorre no Brasil, especialmente em algumas regiões, como o sul, a erva-mate é muito consumida e apreciada.

E, a exemplo do café, as bebidas à base de erva-mate, como as infusões com a erva tostada, ou o chimarrão, também contêm estimulantes e marcam presença no dia a dia de brasileiros, e, claro, dos hermanos argentinos. Alguns apontam o consumo intenso dessa planta como uma das chaves do sucesso da Argentina na Copa. Será?

A erva-mate lembra um pouco o gosto do chá preto, embora seja uma outra planta. Enquanto o chá preto, verde, branco, oolong, etc, são provenientes da Camelia sinensis, o chimarrão e a infusão de mate são feitos com a Ilex paraguariensis, nativa da América do Sul. Tem um amargor característico e é muito apreciado também com leite ou nas versões geladas, batidas com frutas, especialmente com limão.

Duas toneladas de erva-mate

A paixão pelo mate é tanta entre os argentinos que os jogadores não pensaram duas vezes antes de transportar sua bebida amada para o Qatar. Segundo o New York Times, os Hermanos levaram meia tonelada de erva-mate na mala, já que é difícil encontrar o produto por lá.

O time toma seu mate no vestiário, antes – e até durante – os jogos. O hábito deve estar fazendo algo por eles, certamente, já que a Argentina começou mal na fita na competição, mas conseguiu brigar até chegar à final.

Os jogadores admitem que há um forte elemento social e de união em compartilhar a bebida, como disse o meio-campista Alexis Mac Allister: “Eu bebo mais do que tudo para nos unir”. A erva-mate é realmente mais do que uma bebida na Argentina, e prepará-la e consumi-la geralmente envolve um forte componente ritual que inclui passá-la pelo grupo. É o ato de “matear”, exatamente como ocorre no nosso Rio Grande do Sul.

O amor da Argentina pela erva-mate mostra como uma simples rotina de bebida pode ser emocionalmente satisfatória e, quem sabe, ajudar o país a se tornar campeão do mundo desta vez.