A rede de restaurantes Madero se juntou a uma lista de 13 empresas que desistiram de fazer sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na B3, a Bolsa brasileira, agora em 2022.

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A companhia comandada pelo empresário Junior Durski tenta buscar dinheiro na Bolsa por causa de sua dívida, que saltou para R$ 1 bilhão desde o início da pandemia, segundo o Estadão Conteúdo.

A situação financeira obrigou o Madero a buscar um socorro entre seus sócios. Em novembro de 2021, o fundo americano Carlyle fez um aporte de R$ 300 milhões na empresa e elevou sua fatia no capital para cerca de 35%. Durski segue como controlador, com 57%.

Inicialmente, o Madero previa abrir seu capital na B3 entre outubro e novembro de 2021, mas só conseguiu o registro de empresa aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 17 de novembro. O plano foi adiado para janeiro, mas o ambiente ruim para ofertas gerou a desistência.

Polêmica

Apoiador assumido do presidente Jair Bolsonaro, Durski minimizou a gravidade da pandemia de coronavírus. Em março de 2020, ele publicou um vídeo no qual afirmou que a economia não deveria parar por causa da “morte de 5 mil ou 7 mil pessoas”. Até o momento, o Brasil registra cerca de 612 mil mortes relacionadas à covid-19.

“O país não pode parar dessa maneira. O Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem essa condição de ficar parado assim. As consequências que teremos economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, disse o empresário.

(*) Da redação da Menu