A tradicional pergunta “fritas acompanham?” pode estar com os dias contados na Europa. Ao menos por um tempo. É que, segundo artigo publicado pela Reuters, as altas temperaturas e a pior seca dos últimos 500 anos vividas pelo Velho Continente resultaram em uma safra pequena e de baixa qualidade de batatas.

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“Com os modernos sistemas de irrigação, nós conseguimos lidar com a seca. O problema é o calor. Já tivemos ondas de calor antes, mas em termos de picos de temperaturas e sua duração, nunca vimos algo parecido. E, para resolver isso, não há nada que possamos fazer”, afirmou Geoffroy d’Evry, chefe da UNPT, associação de produtores de batata franceses, em entrevista à Reuters.

O cenário parece ser desolador. Na França, que, ao lado de Alemanha e Holanda, está entre os maiores produtores de batata do mundo, a estimativa é que a produção em 2022 seja 20% abaixo da média.

Já Christophe Vermeulen, chefe-executivo da associação belga das indústrias, a Belgapom, prevê uma queda de 30% na produção de batatas em seu país.

O resultado? Com produção baixa e de qualidade inferior, a safra atual pode, até mesmo, por exemplo, nem passar pelos padrões que regulamentam o tamanho das batatas fritas, levando o produto a sumir do mercado.

Por outro lado, ainda há uma ponta de esperança. Para alguns fazendeiros europeus, a previsão é que as temperaturas caiam em setembro, trazendo também mais chuvas, o que poderia, literalmente, salvar a lavoura.

(*) Da redação da Menu