Pizzaria é praticamente sinônimo de delivery. Não por acaso, esses restaurantes sofreram bem menos que outros com a pandemia de coronavírus – afinal, pouca coisa mudou na rotina desses estabelecimentos.

+KFC e Pizza Hut receberão pedidos 100% automatizados pelas redes sociais
+Veja 10 dos piores pedidos já feitos por clientes em redes de fast-food

Mas as pizzarias dos EUA estão enfrentando um problema impensável até pouco atrás: a falta de entregadores. “A equipe de entregas deve continuar sendo um desafio significativo no curto prazo”, disse em março Ritch Allison, CEO da rede Domino’s, segundo reportagem da CNN.

Como resultado, as vendas por delivery nas novas unidades da rede caíram 10,7% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, as vendas da Domino’s nos EUA caíram 3% por causa da falta de motoristas para levar as redondas aos clientes.

O problema não é isolado. As vendas da Pizza Hut nos EUA caíram 6% no primeiro trimestre, sendo que boa parte dessa queda está ligada ao delivery. “Isso foi impulsionado principalmente pela falta de motoristas de entrega”, disse David Gibbs, CEO da Yum Brands, empresa que controla a Pizza Hut.

Segundo as empresas, com menos entregadores os restaurantes precisam reduzir seus horários de funcionamento, enquanto os clientes demoram mais para receber suas pizzas. E, se a comida demora a chegar, os clientes buscam alternativas mais rápidas.

Em tese, esse seria um problema fácil de resolver: bastaria contratar mais pessoas, certo? Mais ou menos. Além da falta de motoristas (vale lembrar que, nos EUA, não existem motoboys como no Brasil), os clientes também estão pedindo mais comida por delivery, dificultando ainda mais a capacidade de entrega das redes de pizzarias.

Parte da solução, segundo especialistas, seria usar ferramentas como apps de celular para agilizar o recebimento de pedidos e liberar os funcionários do atendimento por telefone aos clientes – nos EUA, cerca de 15% dos pedidos ainda são feitos dessa maneira.

Mas vai demorar um pouco até que essas ferramentas estejam funcionando 100%. Enquanto isso, os clientes norte-americanos vão ter que esperar um pouco mais para receberem suas pizzas.

(*) Da redação da Menu