por Pedro Marques

O casamento entre a feijoada e o samba se deu há muito tempo, quando os dois ainda eram meninos, e bem antes de o ritmo musical e a receita se tornarem conhecidos mundialmente e se tornarem ícones brasileiros no exterior. Felizmente, a união prosperou e deixou de herança uma infinidade de casas que servem feijoadas com samba (em alguns lugares, pagode) por todo o Brasil.

Mas em nenhum lugar essa tradição se mantém tão viva e fiel às suas origens do que nas quadras das escolas de samba do Rio de Janeiro. Para quem não é carioca, visitar as quadras pode ser um desafio, que fica bem mais fácil com o lançamento de Guia de Feijoadas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.

O nome diz tudo: estão lá os endereços, dias e horários das feijoadas servidas nas quadras mais tradicionais do Rio, como Mangueira, Portela, Unidos do Porto da Pedra, Viradouro e outras sete escolas ou agremiações de samba da cidade.

Mais que um simples guia, o livro conta como aconteceu o casamento entre o samba e o prato nacional. Tudo acompanhado por belas fotos sobre os personagens das escolas e em edição bilíngue – afinal, nada mais justo que fazer da feijoada com samba uma atração turística e, quem sabe, produto de exportação. O único senão é que as fotos não têm legendas dos personagens que dão vida às diversas agremiações cariocas.

Guia de Feijoadas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro – Augusta Carazza, Regina Lucia Sá e Alexandre Sant’Anna (fotos) – R$ 35 (176 págs.) – Editora Réptil