Para muitos franceses, baguetes são bem mais que uma mistura de farinha, água, fermento e sal. Os pães de formato alongado, dizem, são parte essencial da cultura francesa – e justamente por isso merecem receber da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade.

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“Existem vários segredos para preparar uma baguete do jeito tradicional. É preciso de tempo, conhecimento, assar da maneira correta e usar uma boa farinha, sem aditivos”, explicou ao canal norte-americano CNN o padeiro Mickael Reydellet, dono de oito padarias na França.

Segundo a Confederação Nacional de Padeiros Franceses (CNDP), os produtos artesanais estão cada vez mais perdendo espaço para as versões congeladas e industrializadas, colocando em risco o tradicional produto.

Embora cerca de 6 milhões de baguetes sejam vendidas diariamente na França, a CNDP alega que mais de 30 mil padarias fecharam desde a década de 1950, por causa da expansão de redes de supermercados no país.

Os padeiros argumentam que o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade é importante para preservar um conhecimento que tem sido passado ao longo de gerações e impedir que imitações de baixa qualidade sejam produzidas ao redor do mundo.

Desde 2010, a Unesco reconhece alimentos e saberes gastronômicos tradicionais de vários países como patrimônios imateriais. A lista inclui a comida de rua de Singapura, a pizza napolitana, o tereré paraguaio, entre outros.

(*) Da redação da Menu