As barracas de frutas do Mercado Municipal de São Paulo, na região central da capital paulista, entraram na mira das autoridades após centenas de consumidores denunciarem o golpe da fruta, prática no qual os vendedores constrangem os clientes a comprarem frutas por valores absurdos. No mês passado, 11 boxes foram autuados e a polêmica está longe de acabar.

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Apesar de os relatos do golpe da fruta terem diminuído, nas redes sociais ainda há críticas aos preços cobrados pelos vendedores do Mercadão. Segundo reportagem do UOL, os valores chegam a ser até seis vezes mais altos do que os registrados na Ceagesp, na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade.

Uma atemoia, por exemplo, custa R$ 5 na Ceagesp, enquanto no Mercadão a fruta era vendida por cerca de R$ 30. Já o quilo do maracujá doce sai por R$ 40 nas barracas do Mercadão, quatro vezes mais que na Ceagesp, onde o quilo do mesmo produto pode ser encontrado por R$ 10.

Para os consumidores, a diferença indica que os boxes do Mercadão estão lucrando muito sobre os clientes. Isso porque os donos das barracas fazem suas compras na Ceagesp, que durante a semana funciona apenas para vendas no atacado. A prática não é ilegal, pois os vendedores do Mercadão têm total liberdade para definir seus preços.

Para quem quer economizar, a Ceagesp abre para o público aos finais de semana e é possível comprar produtos a preços convidativos – a variedade de itens, no entanto, é reduzida.

(*) Da redação da Menu