Hábito de beber nos aeroportos britânicos pela manhã pode estar com os dias contados (Foto: Reprodução iStock)

Da redação da Menu

O hábito de beber de manhã nos aeroportos da Grã-Bretanha pode estar com os dias contados. O governo britânico que pretende rever as regras de licenciamento de bares nos aeroporto da Inglaterra e do País de Gales após reclamações de companhias aéreas sobre ocorrência com passageiros bêbados.

Recentemente, no aeroporto londrino de Stansted em Londres, um homem vestido como o personagem da Disney Tinker Bell foi acusado de ameaçar outros passageiros de um voo com destino à Polônia, atrasando a decolagem da aeronave.

“É completamente injusto que os aeroportos possam lucrar com a venda ilimitada de álcool aos passageiros e deixar as companhias aéreas para lidar com as conseqüências de segurança”, diz um comunicado da Ryanair divulgado ano passado.

Fora dos aeroportos, a maioria das autoridades locais limita a quantidade de lugares para venda de alcool o tempo, com o horário habitual para funcionamento de bares e pubs entre 23h e 1h. Mas os estabelecimentos de em aeroportos internacionais estão isentos das regras de licenciamento. Geralmente pode-se beber a qualquer hora. O governo sugeriu a proibição da venda de bebida alcoólica nestes locais das 4h às 8h.

A medida segue recomendação de 2017 de um comitê da Câmara de Lordes do Parlamento Britânico, para suspender a isenção de licenciamento por causa do crescimento da desordem alimentada pelo consumo de bebida alcoólica.

A Jet2.com relata que lidou com 536 incidentes apenas no verão de 2016, dos quais mais da metade envolvia o consumo de álcool. A autoridade de Aviação Civil da Grã-Bretanha recebeu mais de 400 relatos de passageiros envolvidos em algum tipo de ocorrência. A maioria dos envolvidos estava embriagada.

Já a indústria de álcool e bares nos aeroportos, considera que o número de incidentes é pequeno comparado com os mais de 280 milhões de passageiros que usaram os aeroportos britânicos ano passado.

O embate é resquício da isenção concedida aos aeroportos britânicos na década de 1950, isentando-os das leis de licenciamento. O então secretário de transportes da época Harold Watkinson, argumentou na época que a medida era essencial para atrair turistas.