Apesar de a inflação ter registrado queda em janeiro, o índice continua em alta, puxado principalmente por causa dos preços de alimentos e bebidas, informou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Segundo o IBGE, a inflação no mês passado ficou em 0,54%, maior resultado para o mês de janeiro desde 2016, quando atingiu 1,27%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA apresentou alta de 10,38%.

De acordo com André Filipe Almeida, analista da pesquisa, o resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas (1,11%), o que provocou o maior impacto no índice do mês (0,23 ponto percentual).

“Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%), que, embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 pp [ponto percentual] e 0,03 pp, respectivamente”, explicou.

Pelo 11º mês consecutivo, os preços do café moído avançaram, desta vez 4,75%, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses. Houve destaque também para a cenoura (27,64%), cebola (12,43%), batata-inglesa (9,65%) e tomate (6,21%).

Em movimento contrário, houve queda nos preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

(*) Da redação da Menu