Os preços da comida voltaram a ganhar força no Brasil, afirma o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até julho, a alta chegou a 14,72%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9).

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A variação acumulada é a mais intensa desde fevereiro de 202, quando os alimentos registraram inflação de 15% em 12 meses. O IPCA contempla nove grupos de produtos e serviços. Apenas vestuário (16,67%) subiu mais do que alimentação e bebidas até julho, segundo reportagem da Folha.

Entre os alimentos pesquisados no IPCA, as maiores variações no acumulado de 12 meses até julho vieram de mamão (99,39%), melancia (81,6%), cebola (75,15%), morango (73,86%), batata-inglesa (66,82%) e leite longa vida (66,46%).

A comida mais cara afeta sobretudo os mais pobres, que precisam recorrer a alimentos de baixa qualidade para lidar com a situação. Infelizmente, a tendência é de que os preços dos alimentos continuem subindo.

Segundo Luca Mercadante, economista da Rio Bravo Investimentos, a inflação dessa categoria está ligada a fatores como mudanças climáticas, pandemia e até mesmo com a Guerra da Ucrânia, que fez disparar o preço de produtos agrícolas no mercado internacional.

Para o economista, há indícios de que até o fim do ano o preço da comida pare de subir, mas isso deve acontecer de forma gradual. “Os alimentos devem percorrer um caminho de desaceleração, mas de uma forma mais lenta do que outros grupos”, explicou.

(*) Da redação da Menu