25/08/2021 - 9:40
Concebido com o objetivo de oferecer uma formação profissional de excelência na área de gastronomia para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, o Instituto Capim Santo (ICS) completa nove anos como organização não governamental e apresenta uma meta audaciosa: produzir e distribuir, em quatro meses, cerca de 100 mil refeições a pessoas em situação de rua, na periferia da cidade de São Paulo, por meio do projeto “Pare Com a Fome 2021”.
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Com a geração de 15 empregos diretos e outros indiretos, a intenção é produzir 25 mil refeições por mês. Para isso, a ação reaproveita insumos que seriam descartados, levando não só alimento com a doação de quentinhas, mas carinho e esperança a brasileiros que, com a pandemia, estão em situação de fome.
“Com a chegada de 2021, havia a esperança de que a atividade econômica voltasse ao normal, porém o cenário regrediu e a fome voltou a assolar, ainda mais forte, a população, por isso, fez-se necessário adotar, o quanto antes, uma nova estratégia e desenvolver um novo projeto dentro do ICS, dano origem ao Pare com a Fome 2021”, explica o presidente do Instituto, Luccio Oliveira.
Até o último mês de julho, a produção era feita na cozinha do Colégio São Luís (SP), onde, em três meses, foram feitas e distribuídas quase 15 mil quentinhas, com 6,5 toneladas de alimentos e seis ONGs parceiras assistidas, contando com o voluntariado de 150 pessoas. “A finalização deste ciclo dá início a outro. Para assegurar a meta de fornecer 100 mil quentinhas em 2021, precisamos mudar para uma nova cozinha equipada, que viabilizasse a produção diária de cerca de mil refeições e, graças à parceria com o Grupo Accor, no início do mês de agosto, o Hotel Pullman Vila Olímpia passou a sediar a cozinha do ICS”, detalha Oliveira.
Além do Pare com a Fome 2021, o ICS está desenvolvendo outros projetos. “Há o Restaurante do Amanhã, que propicia formação em outras áreas do restaurante, que não a cozinha, dando a uma visão 360 graus das atividades de um restaurante; o Fome de Empreender, que visa a capacitação de empreendedores na área de gastronomia; além da reorganização do Cozinha do Amanhã, que capacita jovens em gastronomia, para um formato que impacte mais a sociedade e gere valor e empoderamento”, explica Oliveira.
Já mirando no futuro, o ICS planeja, para 2022, ações relacionadas à gastronomia social em cada região do Brasil, em parceria com instituições públicas, privadas e do terceiro setor. “E, para 2025, queremos alcançar a marca de principal vetor de conexão no terceiro setor para ações na área de gastronomia, gerando mobilidade social para pessoas em situação de risco e de vulnerabilidade, tendo a educação como ingrediente principal nesta receita”, aponta Oliveira.
(*) Da redação Menu