13/07/2021 - 0:40
A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, foi a escolhida para receber os dois primeiros restaurantes da rede Lavash, a primeira voltada exclusivamente à culinária armênia no Brasil.
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A marca faz parte do portfólio da Companhia Gastronômica, fundo destinado à gastronomia, que deve inaugurar outras três casas até o fim do ano, todas localizadas em shopping centers.
O chef é Simon Gbrail Kazanjian, nascido e criado em Aleppo, na Síria. Ele comanda desde a criação das receitas até a escolha dos ingredientes e a apresentação dos pratos. Morando no Brasil há 4 anos, passou por restaurantes na Armênia e Ucrânia, e cria receitas tradicionais da região e outras com temperos especiais passados de geração.
É possível conhecer os sabores, por exemplo, nos pratos Kashlama, uma costela de cordeiro com legumes cozidos na cerveja, ou Rhapama, arroz cozido na abóbora com nozes e frutas, um prato festivo servido em casamentos e passagem de ano.
A comida armênia é milenar – a fundação da Armênia data de antes de Roma -, e é uma mistura dos costumes e da cultura de vários povos do Oriente Médio e da região do Mediterrâneo, como turcos, sírios, libaneses, gregos e árabes. As receitas árabes, aliás, são as mais parecidas com as armênias, e é possível ver as dolmas (charuto de folha de uva ou repolho), kaftas, esfihas, kibes e pastas como babaganush e coalhada seca.
A diferença está principalmente no tempero: no lugar dos sabores mais intensos, o sabor da culinária armênia está no uso de ervas aromáticas, assim como muitas frutas, vegetais e nozes.
Hoje, cerca de 100 mil armênios e descendentes residem em território brasileiro; a maioria mora em São Paulo. Segundo a filial brasileira da União Geral Armênia de Beneficência (UGAB), eles vivem principalmente na região dos bairros da Luz e Santana, além de cidades da região metropolitana, como Osasco.