É sabido que o valor pago por uma garrafa de vinho influencia a percepção que se tem sobre a bebida. Um dos motivos é que nem todas as pessoas são treinadas para sentir os aromas e sabores de tintos e brancos, então rótulos mais caros tendem a ser interpretados como bebidas melhores.

 

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Por isso, se durante um jantar você mentir a seus convidados e disser que pagou mais caro em um vinho, as pessoas acharão que a bebida é melhor, afirmam pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça.

 

Eles realizaram um estudo chamado “Price information influences the subjective experience of wine” (Preço influencia a experiência subjetiva do vinho, em tradução para o português) e que foi divulgado nesta semana pela publicação científica “Food Quality and Preference”.

 

No estudo, os pesquisadores manipularam as informações sobre os preços dos vinhos servidos em uma degustação às cegas realizada com 140 participantes.

 

Os recrutados receberam três taças com tintos italianos e informações sobre o preço das bebidas: um dos vinhos servidos custava, supostamente, US$ 10 por garrafa; o outro custava US$ 35 por garrafa e, o terceiro, era de uma garrafa avaliada em US$ 70.

 

Em alguns casos, porém, os preços indicados não eram os corretos. Vinhos baratos, por exemplo, foram apresentados como caros – e isso influenciou a resposta dos entrevistados. Quando um vinho barato foi apresentado como se fosse um tinto quatro vezes mais caro, os pesquisados indicaram que ele era mais gostoso e “prazeroso”.

 

“Nosso cérebro tem a tendência de distorcer a verdade para que nossas expectativas se encaixem na realidade”, disse o professor Jens Glaab, um dos coordenadores da pesquisa, ao site “Decanter”.

 

Segundo Glaab, o melhor jeito de não cair nesses truques é tentar avaliar os vinhos de acordo com seus gostos pessoais e, no caso daqueles que dizem amar vinhos, procurar entender melhor as diferenças entre tintos, rosés, brancos e espumantes.

 

(*) Da redação da Menu